Adaptado do livro “O Jeito Harvard de Ser Feliz, por Shawn Achor”.
Em setembro de 2002, Faiz Chopdat, um jovem britânico de 23 anos de idade, foi preso por quatro meses por se recusar a desligar o celular em um voo do Egito à Inglaterra. A tripulação solicitou repetidamente que ele desligasse o aparelho para não interferir no sistema de comunicações do avião e ele ignorou abertamente as solicitações. A razão para isso é que ele estava jogando Tetris.
Como você provavelmente já sabe, Tetris é um jogo aparentemente simples no qual blocos de quatro tipos de formatos descem do alto da tela e o jogador pode girá-los ou movê-los até caírem por completo. Quando esses blocos se encaixam de modo a criar uma linha horizontal cruzando toda a tela, a linha desaparece. O objetivo do jogo é organizar os blocos que caem de forma a criar o maior número de linhas possível. Pode parecer um jogo tedioso, mas, como Chopdat descobriu, de uma forma extremamente penosa, pode ser surpreendentemente viciante.
Em um estudo conduzido pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, os pesquisadores pagaram 27 pessoas para que passassem várias horas por dia jogando Tetris, durante três dias. Sempre que menciono esse experimento aos meus alunos, eles não conseguem se conformar quando ficam sabendo que perderam a oportunidade de ganhar dinheiro para jogar videogame. Mas eu lhes digo, esperem até ouvir os efeitos colaterais. Durante dias depois do estudo, alguns participantes literalmente não conseguiram parar de sonhar com blocos de diferentes formatos caindo do céu. Outros não conseguiram deixar de enxergar os blocos por toda a parte, mesmo enquanto despertos. Dito de forma simples, eles não conseguiram deixar de ver um mundo feito de sequências de blocos do Tetris.
Um viciado em Tetris descreveu sua experiência no jornal Philadelphia City Paper: “Percorrendo os corredores do supermercado, tentando decidir qual cereal comprar, notei como um grupo de caixas de cereais se encaixaria perfeitamente no buraco da fileira abaixo dele. Dando voltas na pista de corrida, para me exercitar, absolutamente entediado, me peguei encarando o muro de tijolos e calculando em qual direção teria de girar os tijolos ligeiramente mais escuros para que eles se encaixassem na fileira irregular de tijolos escuros alguns centímetros abaixo no muro. Dando uma saída para respirar ar fresco depois de passar horas no escritório, esfreguei meus olhos exaustos e lacrimosos, olhei para a silhueta de edifícios de Filadélfia e me perguntei: ‘Se eu girar o prédio Victory Building para este lado, será que ele se encaixaria na lacuna entre os arranha-céus Liberty One e Two?’”. Os jogadores logo batizaram essa bizarra condição de Efeito Tetris.
O que estava acontecendo? Será que os viciados em Tetris ficam temporariamente loucos? Nada disso. O Efeito Tetris resulta de um processo físico bastante normal que jogos repetidos acionam no cérebro dos jogadores. Eles ficam ligados em um processo chamado de “imagem residual cognitiva”. Sabe aqueles pontos azuis ou verdes que mancham a sua visão durante alguns segundos depois que alguém tira uma fotografia com flash de você? Isso acontece porque o flash gravou momentaneamente uma imagem no seu campo visual de forma que, quando vê o mundo, você enxerga esse mesmo padrão de luz — essa imagem residual — por toda parte. Quando esses jovens passaram um período prolongado jogando Tetris, eles ficaram presos a padrões que, de forma similar, “manchavam” a visão deles — no caso, um padrão cognitivo que fazia eles enxergarem involuntariamente blocos de Tetris onde quer que olhassem. Não se trata apenas de um problema de visão — passar horas a fio jogando Tetris efetivamente altera a configuração do cérebro. Especificamente, como estudos subsequentes revelaram, o jogo ininterrupto criava novos caminhos neurais, novas conexões que distorciam o modo como eles viam situações na vida real.
É verdade que isso seria uma excelente notícia se aqueles estudantes estivessem praticando para um torneio de Tetris. Mas o efeito colateral se provou extremamente disfuncional quando eles não estavam jogando. É assim que o nosso cérebro funciona: ele fica preso muito facilmente a padrões de visão de mundo, alguns mais benéficos do que outros. Mas, é claro, o Efeito Tetris não se limita a videogames; como explicaremos em mais detalhes logo adiante, estamos falando de uma metáfora para a maneira como o nosso cérebro determina o modo como vemos o mundo ao nosso redor.
O EFEITO TETRIS NO TRABALHO
Todo mundo conhece alguém preso em alguma versão do Efeito Tetris — alguém incapaz de romper um padrão de pensamento ou comportamento. Esse padrão pode muitas vezes ser negativo. O amigo que entra em qualquer lugar e imediatamente encontra um motivo de reclamação. O chefe que se concentra no que um colaborador continua fazendo errado em vez dos aspectos nos quais está melhorando. O colega que prevê um desastre antes de cada reunião, não importa quais sejam as circunstâncias. Mudanças para um estado melhor que são recebidas com resistência e crítica. Você conhece os tipos. Talvez você até seja um deles.
No meu trabalho com empresas da lista Fortune 500, aprendi uma lição extremamente valiosa: essas pessoas normalmente não estão tentando ser difíceis ou irritadiças. Na verdade, o cérebro delas apenas se destaca em encontrar elementos negativos no ambiente — em identificar imediatamente motivos de aborrecimento, contrariedade e estresse. E isso não é surpresa alguma, considerando que, da mesma forma como os jogadores de Tetris, o cérebro dessas pessoas foi preparado e treinado para isso ao longo de anos de prática. Infelizmente, a nossa sociedade encoraja esse tipo de treinamento. Pense a respeito: no mundo do trabalho, bem como na nossa vida pessoal, muitas vezes somos recompensados por identificar os problemas que precisam ser solucionados, os pontos de estresse que devem ser controlados e as injustiças que devem ser reparadas.
Algumas vezes isso pode ser bastante útil. O problema é que, se ficamos presos apenas nesse padrão, sempre procurando e identificando o negativo, até o paraíso pode se transformar em um inferno. E o pior é que, quanto mais desenvolvemos a nossa capacidade de procurar e encontrar elementos negativos, mais deixamos de ver o positivo — aquelas coisas na vida que nos deixam felizes e que, por sua vez, promovem o nosso sucesso. Procurar constantemente o negativo no mundo implica um custo muito alto. Esse hábito desgasta a nossa criatividade, eleva nossos níveis de estresse e reduz nossa motivação e nossa capacidade de atingir metas.
O EFEITO TETRIS EM CASA
Ao longo do último ano, trabalhando com a KPMG, empresa global de consultoria na área de contabilidade fiscal, comecei a perceber que muitos dos funcionários sofriam de um deplorável problema. Muitos deles precisavam passar de 8 a 14 horas por dia analisando formulários fiscais em busca de erros e, ao fazer isso, seu cérebro era configurado para procurar erros. Isso aumentava a eficiência deles no trabalho, mas eles desenvolveram tanto a habilidade de identificar erros e armadilhas potenciais que esse hábito se estendeu a outras áreas da vida deles.
Da mesma forma como os jogadores de Tetris que de repente começavam a ver os blocos do jogo por toda parte, aqueles contadores viviam cada dia como se se tratasse de uma auditoria fiscal, eternamente procurando o pior no mundo. Como você pode imaginar, não era nada divertido e, pior ainda, o hábito estava prejudicando os relacionamentos deles no trabalho e em casa. Em avaliações de desempenho, eles só enxergavam os defeitos dos membros de sua equipe, nunca os pontos fortes. Quando eles voltavam para casa, eles só reparavam nas notas baixas dos filhos, nunca as notas altas. Quando iam a restaurantes, só conseguiam ver que as batatas estavam mal cozidas — nunca que o bife fora perfeitamente preparado. Um auditor fiscal me confidenciou que estava deprimido havia três meses. Conversando sobre as razões de sua depressão, ele mencionou casualmente que um dia, durante um intervalo no trabalho, ele elaborou uma planilha de Excel relacionando todos os erros cometidos pela esposa nas últimas seis semanas. Imagine a reação da esposa (ou futura ex-esposa) quando ele levou para casa aquela lista de defeitos na tentativa de melhorar o casamento.
O mesmo acontece com qualquer profissão ou área de atuação. Ninguém está imune a isso. Os atletas não conseguem deixar de competir com amigos ou parentes. Assistentes sociais do sexo feminino que lidam com casos de violência doméstica não conseguem deixar de desconfiar dos homens. Operadores do mercado financeiro não conseguem parar de avaliar o risco inerente em tudo o que fazem.
Essa é a essência de um Efeito Tetris Negativo: um padrão cognitivo que reduz nossas taxas de sucesso em geral. Mas o Efeito Tetris não precisa ser disfuncional. Da mesma forma como o nosso cérebro pode ser configurado de maneira que nos restrinja, podemos retreiná-lo para procurar as coisas boas da vida — para nos ajudar a enxergar mais possibilidades, nos sentir mais energizados e atingir o sucesso em níveis mais elevados. O primeiro passo é saber até que ponto o que enxergamos é unicamente uma questão de foco. Como disse William James, “a minha experiência é o que concordo em dar atenção”.
O PODER DO EFEITO TETRIS POSITIVO
Acreditar que se terá resultados positivos efetivamente aumenta suas chances de sucesso. Poucas pessoas comprovaram esse fenômeno de maneira mais astuta que o pesquisador Richard Wiseman, que se empenhou em descobrir por que alguns de nós parecem ter tanta sorte enquanto tudo parece dar errado com os outros. Como você pode ter imaginado, acontece que não existe essa coisa de sorte — pelo menos no sentido científico. A única diferença (e, a propósito, uma enorme diferença) é se as pessoas acreditam ou não que têm sorte — em outras palavras, se esperam que coisas boas ou ruins lhes acontecerão.
Wiseman pediu que voluntários lessem um jornal e contassem o número de fotos publicadas. As pessoas que acreditavam ter sorte levaram apenas alguns segundos para realizar a tarefa, enquanto as que se consideravam azaradas levaram em média dois minutos. O que explica tamanha diferença? Bem, na segunda página do jornal, uma mensagem enorme dizia: “Pare de contar, há 43 fotos neste jornal”. A resposta, em resumo, era clara como o dia, mas os azarados apresentaram muito mais chances de deixar de ver a mensagem, enquanto os sortudos estavam propensos a vê-la. Como bônus adicional, no meio do jornal havia outra mensagem dizendo: “Pare de contar, diga ao pesquisador que você viu esta mensagem e ganhe 250 dólares”.
As pessoas que afirmaram não ter sorte na vida mais uma vez deixaram passar essa oportunidade. Presas no Efeito Tetris Negativo, elas foram incapazes de ver o que para os outros era tão claro e seu desempenho (e suas carteiras) sofreram o resultado disso. O mais extraordinário no estudo de Wiseman é que a mesma possibilidade de ganhar a recompensa estava latente no ambiente de todos os participantes — era só uma questão de eles perceberem ou não.
Pense nas consequências disso no seu sucesso profissional, que se baseia quase totalmente na sua capacidade de identificar e capitalizar as oportunidades. Quando alguém está preso no Efeito Tetris Negativo, seu cérebro é literalmente incapaz de enxergar as oportunidades. Mas, munido de positividade, o cérebro se mantém aberto às possibilidades. Os psicólogos chamam esse fenômeno de “codificação preditiva”: predispor-se a esperar um resultado favorável efetivamente codifica o seu cérebro para reconhecer o resultado quando ele surgir.
Agora que sabemos o quanto o Efeito Tetris Positivo pode ser poderoso, precisamos saber como exatamente podemos treinar o nosso cérebro para se manter aberto a essas mensagens que nos ajudam a ser mais adaptativos, mais criativos e mais motivados diante de adversidades e mudanças — mensagens que nos permitem identificar e nos beneficiar de mais oportunidades no trabalho e no lazer.
TREINANDO O EFEITO TETRIS POSITIVO
Da mesma forma como dominar um videogame requer dias de prática focada, treinar o seu cérebro para perceber mais oportunidades requer prática na concentração do positivo. A melhor maneira de dar início a esse processo é fazendo uma lista diária dos aspectos positivos do seu trabalho, de sua carreira e de sua vida. Pode parecer uma grande bobagem, ou algo ridiculamente simples — e de fato a atividade em si é simples –, no entanto, mais de uma década de estudos empíricos comprovou o profundo efeito que isso provoca na configuração do nosso cérebro.
Ao elaborar uma lista das “três coisas boas” que aconteceram durante o dia, o seu cérebro será forçado a rever as últimas 24 horas em busca de elementos positivos potenciais — coisas que levaram a pequenas ou grandes risadas, sentimentos de realização no trabalho, o estreitamento de laços com a família, um vislumbre de esperança no futuro. Em apenas cinco minutos por dia, esse exercício treina o cérebro a perceber e se focar melhor nas possibilidades de crescimento pessoal e profissional e a aproveitar oportunidades de concretizar essas possibilidades. Ao mesmo tempo, como temos um número limitado de coisas nas quais conseguimos nos concentrar simultaneamente, o nosso cérebro empurra para o plano de fundo pequenos aborrecimentos e frustrações que antes se destacavam no primeiro plano, e até chega a excluir totalmente esses elementos negativos do nosso campo de visão.
E o exercício também leva a resultados duradouros. Um estudo revelou que os participantes que anotaram três coisas boas por dia durante uma semana relataram se sentir mais felizes e menos deprimidos nas entrevistas de acompanhamento de um, três e seis meses. E ainda mais impressionante: mesmo depois de interromperem o exercício, eles permaneceram significativamente mais felizes e continuaram apresentando níveis mais elevados de otimismo. Quanto mais eficientes eles se tornavam em identificar coisas boas no mundo para anotar na lista, mais coisas boas eles viam, sem precisar se esforçar, onde quer que olhassem. Os itens que você escolhe anotar a cada dia não precisam ser profundos nem complicados, só específicos. Você pode mencionar a deliciosa comida tailandesa que comeu no jantar, o abraço de urso que ganhou da sua filha quando chegou em casa depois de um longo dia de trabalho ou o tão merecido elogio que recebeu do chefe no trabalho.
Em um experimento, pesquisadores instruíram os participantes a escrever sobre uma experiência positiva por 20 minutos três vezes por semana e os compararam com um grupo de controle que escreveu sobre temas neutros. O primeiro grupo não apenas vivenciou mais felicidade como, três meses depois, chegou a apresentar menos sintomas de doenças.
O Efeito Tetris Positivo ajuda os líderes a elogiar e encorajar seus colaboradores com mais frequência, o que eleva a positividade e o engajamento de suas equipes. Você também terá mais facilidade de enxergar o propósito e o sentido do seu trabalho e das mudanças, de forma que você pode gerenciá-las de forma mais genuína e eficaz. Será mais fácil para você adotar um tom expressivo e positivo ao distribuir tarefas, o que predispõe seus funcionários a desenvolver a criatividade e as aptidões para resolver problemas. E você também será mais feliz, o que significa que o seu cérebro estará funcionando em um nível mais elevado por mais tempo.
PRATIQUE, PRATIQUE, PRATIQUE
Naturalmente, só é possível desenvolver esse Efeito Tetris por meio da persistência. Como acontece com qualquer habilidade, quanto mais praticamos, mais fácil e natural ela será. Como a melhor maneira de assegurar que uma atividade desejada continuará sendo realizada é transformando-a em um hábito, o segredo aqui é ritualizar a tarefa. Por exemplo, escolha o mesmo horário todos os dias para escrever sua lista de gratidão e mantenha os itens necessários sempre à mão. (Eu deixo um pequeno bloco de notas e uma caneta sobre o meu criado-mudo para esse fim.)
Quando trabalhei com funcionários da American Express, sugeri que eles configurassem um alerta no Microsoft Outlook para as 11 da manhã, todos os dias, para lembrá-los de anotar suas três coisas boas. Os banqueiros com os quais trabalhei em Hong Kong preferiram escrever sua lista todas as manhãs, antes de verificar seus e-mails. Os CEOs que treinei na África escolheram expressar as três gratidões à mesa de jantar com os filhos, todas as noites. Não importa que momento escolher, contanto que o faça regularmente.
Quanto mais você envolver os outros, mais os benefícios se multiplicam. Quando os CEOs da África incluíram os filhos na atividade, eles não apenas descobriram mais coisas pelas quais eram gratos como também se sentiram mais motivados a continuar com o exercício. Vários dos CEOs me contaram que, sempre que tinham um dia especialmente terrível no trabalho e tentavam pular a atividade das Três Coisas Boas, os filhos se recusavam a jantar enquanto o exercício não fosse realizado.
Esse tipo de apoio social aumenta substancialmente as chances de desenvolver esses hábitos positivos. É por isso que sugiro que lideranças façam esses exercícios com a esposa ou o marido antes de dormir à noite ou ao café da manhã, antes de sair para o trabalho. E o exercício ainda lhes rendeu um bônus adicional: à medida que se tornaram mais eficientes em identificar os elementos positivos ao redor, eles começaram a ver melhor as coisas pelas quais ser grato também no casamento. Além disso, esses exercícios funcionam tão bem com crianças pequenas quanto com estudantes universitários e tão bem com gerentes de nível médio ou microempresários quanto com poderosos executivos de grandes corporações e analistas financeiros de Wall Street. O que importa não é a sua idade nem a sua profissão, mas o treino e a persistência. Que tal começar agora? Bom proveito!
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REFERÊNCIAS
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