Pessoas na Transformação Digital

O caminho não linear para resultados exponenciais

LEADedu
3 min readApr 2, 2019

A transformação digital já está presente em praticamente todos os âmbitos da vida das pessoas. Hoje, as redes têm mais força e atuam para revolucionar processos, minimizar gasto de recursos, impulsionar a inovação, o aumento da competição e também da colaboração. A automação, que antes víamos apenas em grandes indústrias, está cada vez mais presente na rotina do cidadão comum. São carros autônomos, assistentes virtuais, chatbots, robôs domésticos, sugestões personalizadas por algoritmos e outras infinitas aplicações de Inteligência Artificial (IA) que deixam a vida mais ágil e fácil. Ainda se estima, segundo a IDC, que no triênio de 2018–2020, os investimentos em Transformação Digital devem somar US$ 6,3 trilhões, evidenciando que essa é uma das maiores prioridades dos negócios para os próximos anos.

A IA quase não erra, não cansa, é mais rápida e todas as suas respostas são automatizadas, calculadas com precisão algorítmica. Frente a esta realidade, onde ficam as pessoas? Qual o valor do ser humano frente a essas mudanças? Essas são questões levantadas frequentemente por profissionais incertos e angustiados sobre seu futuro no mercado de trabalho.

Entretanto, é preciso lembrar que no passado — na indústria 3.0 — a junção de indivíduo e máquina possibilitou a realização de coisas que antes eram impossíveis. Logo, a união agora entre digital e pessoas será essencial para alcançar novos patamares na qualidade de trabalho e de vida, através de atividades que não seriam possíveis de se desempenhar de forma separada da tecnologia.

Isso porque existem dois tipos de inteligência: a especializada, capaz de alcançar objetivos efetivamente em um âmbito específico; e a geral, capaz de alcançar um espectro maior de metas de forma efetiva em diferentes âmbitos. As máquinas ainda têm inteligências muito especializadas, às vezes até demais, e é claro que nesses casos muitos computadores são mais inteligentes que seres humanos em determinadas tarefas. Porém, as pessoas possuem um nível de inteligência geral que ainda levará muitos anos para a IA alcançar.

Consequentemente, a diversidade e a inclusão são mais do que nunca pautas apoiadoras e impulsionadoras nesse momento de revolução tecnológica. Afinal, se cada indivíduo possui uma inteligência geral, que é construída a partir do seu background de vida — que se torna significativamente diferente dependendo de sua nacionalidade, etnia, identidade de gênero, orientação sexual, opinião política, graduação, etc. — quanto maior variedade de pessoas em um mesmo grupo de trabalho, maior será a inteligência coletiva disponível para se trabalhar e buscar resultados exponenciais.

E onde estará o segredo para de fato existir essa inteligência coletiva? Está presente nas relações que estabelecemos com os outros; na forma como alguém se permite ser e se mostrar aos demais; na receptividade e aceitação acerca do que o outro tem a oferecer, para além das caixas e amarras profissionais — currículo, titulação e cargos. Precisamos (re)conhecer a pessoa real por trás dos profissionais com quem convivemos: conhecer suas habilidades técnicas, mas também sua potência comportamental, conhecer seus talentos e também suas interferências e vulnerabilidades. Conhecer, em suma aquilo que nos faz humanos.

Com essa visão, olhe ao seu redor. Pense em você nesses múltiplos papéis. Quem são as pessoas com quem você convive presencial ou remotamente todos os dias? De que forma a tecnologia pode apoiar você a conhecer de forma mais completa a complexidade e as habilidades delas?

O caminho não é linear, não há resposta certa. O importante é percebermos o dia a dia enquanto campo fértil de aprendizagem e entendermos que cada raiar é uma nova oportunidade de nos mostrarmos aos demais como somos: humanos, vulneráveis, com histórias para contar.

Pode apostar: a conexão faz a força!

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Referências:

“Superminds redefinem o futuro do trabalho”, por Thomas Malone (MIT Sloan School of Management), na Revista HSM, edição 130.

IDC FutureScape: Worldwide Digital Transformation 2018 Predictions

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